Sensação
maravilhosa, essência da pureza divina. Começa soprando devagar, levantando as
poucas poeiras do chão. Depois mais depressa, agora erguendo as saias das
garotas que passam pela rua. Segundos depois com mais força, como se estivesse
bravo, querendo nos avisar alguma coisa. Deixando assustadas as donas de casa
que correm para o varal recolher as roupas, porque para elas, aquele vento é
sinal de chuva. O bebê em seu carrinho levanta as mãozinhas e brinca com aquela
pouca corrente de ar que rapidamente atravessa seu rostinho. As crianças que
brincam na varanda da casa, largam os brinquedos e observam as árvores
balançarem, como se estivessem dançando, todas no mesmo ritmo. Outros
simplesmente ficam ali, sentados, sentindo a brisa da mais pura liberdade, com
a ponta dos seus narizes gelado e o gostinho do frio. Parados, olhando pela
janela um passarinho que passeia em alguma flor. Cabelos ao léu e o cheirinho
de chuva se aproxima. É... Acho que as donas de casa estavam certas. E de
repente para! O vento parou de soprar subitamente, deixando seu barulho nos
ouvidos e a sensação de um friozinho gostoso na pele, que se arrepia cada vez
que ele ameaça voltar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário