Medo de parar no tempo, por mais que por algum momento
eu tenha ficado estática e querido que isso tivesse acontecido. Medo de deixar
de acreditar nas pessoas, por mais que eu faça isso com algumas. Medo de deixar
de sonhar, por mais que alguns sonhos eu já tenha desistido. Medo de aceitar
atitudes que eu sempre desprezei, por mais que agora elas tenham mais liberdade
em mim. Medo de perder pessoas inigualáveis, por mais que algumas eu já tenha
perdido, saibam elas que sempre serão insubstituíveis. Medo das extremidades,
por mais que eu não tenha noção do que é o “tudo” e o “nada”, do que é o “começo”
e o “fim”. Medo de perder a razão, por mais que eu saiba que quando se ama, o
que sobra é a emoção; talvez nem exista razão. Medo de perder a curiosidade
pelo colorido, por mais que eu já tenha largado mão de muitas coisas. Medo de
esquecer momentos incomparáveis, por mais que eu já tenha perdido alguns muitas
vezes. Medo de não ter motivos para sorrir, mesmo sabendo que a felicidade não
precisa de motivos para existir, pois ela não está nas coisas, mas em nós,
porque a infelicidade é só uma questão de prefixo. Medo de perder a moral, por
mais que eu, e tantas outras pessoas não saibamos a verdadeira essência da
palavra. Medo de parar de pensar, por mais que eu nunca saiba o que você pensa
por completo. Embora meu maior medo não seja nenhum citado ainda, ele é o
mais indispensável: tenho medo de deixar de amar. Acredito que esse por si só
se descreve, por mais fria, seca e vazia que eu seja. Mas é incrível como são
esses medos idiotas que me fascinam, me motivam e me consomem. A verdade e o
pra quê de tantos medos é que devíamos entender que não podemos desperdiçar o
tempo como se ele fosse infinito.
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